quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Até um dia

 Até um dia


Enquanto estamos  num corpo prisioneiros 

que não reconhecemos em alguns espelhos 

sentimos que a alma grita a falta de liberdade 

pelo vigor de outrora que nos dá saudade


Somos passageiros no tempo infinito

num planeta que vive muito aflito

pelos horrores que a humanidade faz

e esperamos pelo dia que se fará paz


Não somo mais que nada, mais que ninguém

apenas viajamos pelo tempo a aprender

e com a certeza que um dia mais aquém

esta nossa vida havemos de entender


e neste sufoco, neste corpo assim preso

mantemos a vontade de lume aceso

de melhor fazer até um dia se partir

com fé que o amanhã traga um melhor porvir


Miro Couto

7-09-2022